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Maximin in philosophy

In philosophy, the term “maximin” is often used in the context of John Rawls‘s A Theory of Justice, where he refers to it (Rawls (1971, p. 152)) in the context of The Difference Principle. Rawls defined this principle as the rule which states that social and economic inequalities should be arranged so that “they are to be of the greatest benefit to the least-advantaged members of society”. In other words, an unequal distribution can be just when it maximizes the benefit to those who have the most minuscule allocation of welfare conferring resources (which he refers to as “primary goods”).[4][5]

Veja o artigo da wikipedia sobre Minimax, em inglês, na íntegra.

Veja o artigo da wikipedia sobre, em português, na íntegra.

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Space/Time Foam

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Supersimetric and Unified Field Theory

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SÁBADO, 20 DE DEZEMBRO DE 2008

Uma entrevista com John Hagelin

Por Dennis Hughes, Share Guide Publisher   

John Hagelin, Ph.D. é uma autoridade mundial sobre os fundamentos da consciência humana. Sob a orientação de Maharishi Mahesh Yogi, ele tem dado grandes contribuições na reformulação sistemática da antiga ciência Vêdica da consciência. Perito na teoria do Campo Quântico Unificado, a contribuição científica do Dr. Hagelin no campo das partículas físicas e cosmologia inclui alguns dos mais citados trabalhos em Física.

Ele é o co-desenvolvedor daquilo que é agora considerado a principal candidata a Teoria do Campo Unificado, e dedica-se a aplicar as últimas descobertas científicas acerca da compreensão das leis naturais para o benefício individual e da sociedade. Em 1992, Dr. Hagelin aceitou ser presidente do recentemente formado Partido da Lei Natural (Natural Law Party). Sob a sua liderança, o partido se tornou o primeiro “partido alternativo” a alcançar “status” de partido nacional na Comissão Eleitoral Federal e ter seu candidato presidencial qualificado igualmente aos fundos federais

The Share Guide: Nós todos sabemos que o mundo está num estado frágil hoje, em muitos níveis. Que passos nós podemos dar como indivíduos para promover a saúde de nosso planeta?

Dr. John Hagelin: O impacto de nossas ações, individualmente e coletivamente, é inconcebivelmente vasto. Nós todos podemos apreciar, em alguma extensão, o impacto ambiental do comportamento poluidor. Mas, baseado naquilo que sabemos sobre o universe, o verdadeiro impacto de nossas ações é amplo demais. Por exemplo, a teoria do caos estabelece que nossos muitos minutes de ação podem ter incalculavelmente largos efeitos. Isso coloca uma grande carga de responsabilidade em todos. Exercitar a consideração do senso comum e tomar cuidados com nosso ambiente é um bom começo. Mas se nós realmente queremos proteger nosso planeta contra os efeitos negatives do comportamento humano, devemos fazer nosso pensamento e ação, espontaneamente, ficar de acordo com a Lei Natural. Devemos alinhar nosso comportamento com a Inteligência Universal que governa o universo e sustenta milhões de espécies na Terra. Felizmente, é natural um comportamento espontâneo alimentador da vida, a fisiologia do cérebro humano dificilmente etá conectada à experiência da Iluminação (os os mais elevados estados da consciência em que nós diretamente experimentamos e nos tornamos conectados com a Inteligência Cósmica, ou Campo Unificado na terminologia da física moderna. O desenvolvimento de nosso potencial cerebral total e a resultante expansão da compreensão humana como Ser Universal, devem ser o alvo da Educação hoje.

The Share Guide: Campo Unificado é outro termo para a Consciência Cósmica?

Dr. John Hagelin: O Campo Unificado é o mais profundo nível da realidade física descoberto pela Ciência. É um campo universal de inteligência da Natureza que governa o vasto universo em perfeita ordem. Consciência Cósmica é o estado de Iluminação, um estado de consciência humana em que a mente individual experimenta (e se identifica com) a inteligência universal. Nesse estado, o ego individual expande-se para se tornar o Cosmos. Todos os indivíduos são indivíduos Cósmicos e suas ações são suportadas espontaneamente por toda a vida.

The Share Guide: Estou interessado na conexão entre a meditação individual e o Campo Unificado. Como isso se dá, em relação com a prática de meditação diária? E como isso se transforma em criação de paz no mundo?

Dr. John Hagelin: A conexão é simples. Durante a meditação, a consciência rapidamente se expande para uma experiência de consciência universal (o Campo Unificado). A consciência individual se identifica temporariamente com a consciência universal no mais simples estado de consciência, o estado que os fisiologistas chamam “pura consciência”. Entretanto, nem todas as técnicas de meditação atingem essa experiência de pura consciência. Minhas observações foram com práticas de meditação que facilitam esta experiência fundamental de uma maneira eficaz e eficiente. Entre essas práticas está a Meditação Transcendental (MT) desenvolvida por Maharishi Mahesh Yogi, extensivamente procurada e amplamente praticada. Ela é segura, altamente eficaz e universal; funciona para pessoas de todas as convicções religiosas e culturais.

The Share Guide: Na palestra que você deu ano passado em São Francisco, você disse que “grupos de meditação agora são uma tecnologia comprovada para a paz, ao mesmo tempo em que nossa tecnologia de armamento pode assegurar a destruição”. Por favor explique!

Dr. Hagelin:

Mais de 50 estudos, publicados nos mais apreciados jornais científicos, têm demonstrado repetidamente que grupos de meditação podem vencer a violência e a guerra, em áreas de conflito. Neutraliza as tensões religiosas, étnicas e políticas em seu início, que são o combustível social do conflito. Já é demonstrado que previne o terrorismo global e reduz o crime, a violência doméstica e todas as negatividades nascidas do estresse social agudo.

The Share Guide: Muitos de nós entendemos que a meditação desenvolve nossa invencibilidade natural às idas e vindas de nossa vida diária. Mas desse estado de calma, como funciona o “princípio da proporcionalidade” do grupo de meditação?

Dr. Hagelin:

Quando dois alto-falantes próximos emitem o mesmo som, estas ondas sonoras se somam construtivamente. Eles produzem um volume equivalente a quatro alto-falantes (o quadrado do número de alto-falantes que são dois). Este é um princípio universal de comportamento de onda. Quando uma ondulação no Campo Unificado é gerada por indivíduos em proximidade física íntima, o poder das ondas combinadas deles/delas cresce como o quadrado do número de indivíduos. Isto é o que a pesquisa confirma. Por causa disto, grupos relativamente pequenos podem ter um impacto social enorme. Realmente, 8,000 indivíduos meditando juntos por períodos extensos podem transformar eventos mundiais. Isto tem sido rigorosamente demonstrado.

The Share Guide: Eu sei que você está trabalhando em um plano para colocar isto em ação. Por favor discuta o programa em que milhares de pandits vão meditar durante o ano todo na Índia!

Dr. Hagelin: 8.000 especialistas em meditação, em dedicação exclusiva, podem mudar o destino de civilização. Isto tem sido amplamente demonstrado. Estamos aumentando o número para 40.000 apenas por um fator de segurança.Um pandit védico é um meditador que, além de sua prática de Meditação Transcendental pratica o Vôo Iogue, práticas avançadas de promoção da paz que são tecnologias avançadas da antiga sabedoria Vêdica conhecidas como Yagyas. Estes Yagyas reforçam o impacto da paz mundial obtida pela meditação. Tenho levantado fundos para estabelecer esse grupo permanente de 8.000 a 40.000 de meditadores profissionais, em dedicação exclusiva, na Índia, onde é muito rentável. Obtivemos cerca de US$ 90 milhões, que é suficiente para sustentar quase 8.000 pessoas. Uma vez conseguindo reunir e treinar esse grupo, prevejo que vislumbraremos um mundo totalmente novo. Espero consegui-lo até Primavera de 2003. Rezo para que América e o mundo possam evitar qualquer confronto desastroso até lá.

The Share Guide: O que é o Vôo Iogue?

Dr. Hagelin: É uma técnica avançada de Meditação Transcendental derivado do Yoga Sutra de Patañjali. Durante a prática, o corpo, involuntariamente, começa a saltar, a partir da posição de lótus, num esforço espontâneo para voar. Historicamente, essa prática tem sustentação na habilidade corporal de flutuar e voar. É praticada hoje porque pesquisas demonstram que essa é a mais poderosa técnica de redução do estresse e conflito social. É uma tecnologia para a paz mundial.

The Share Guide: O que você quer dizer quando diz que a meditação é um quarto estado da consciência, distinto dos três estados conhecidos: vigília, sonho e sono? E, por favor, fale sobre o quinto estado, consciência transcendental ou iluminação!

Dr. Hagelin: Pura Consciência, a experiência direta do Campo Unificado, é um quarto estado de consciência, fisiologicamente e subjetivamente diferente da vigília, sonho e sono. Essa descoberto e publicado pela primeira vez em 1970, por Robert Keith Wallace e colaboradores. Mas, em primeiro lugar, essa experiência é um estado temporário. Com a prática regular de meditação, a experiência de consciência universal se torna permanentemente estabelecida, de forma que a percebemos durante a vigília, o sonho e o sono. Isso, então, constitui um quinto estado da consciência humana, tradicionalmente conhecido como Iluminação. Neste estado de 24 horas de felicidade, todas as ações estão em plena sintonia com a Lei Natural, que espontaneamente dá suporte à vida.

The Share Guide: Muitas pessoas são céticas quanto ao conceito de que grupos de meditação têm um efeito na paz mundial, e podem não aceitar os estudos citados em sua lista de pesquisas. Como você responde a esse ceticismo?

Dr. Hagelin: Não se trata de mera opinião. O método científico possui métodos incontestáveis de estabelecer fatos científicos, através de rigorosa experimentação. A eficácia de grupos de meditação em reduzir o crime e a guerra tem sido extensivamente estudado e rigorosamente estabelecido, mais do que qualquer fenômeno na história da ciência social. É um fato científico; não existe nenhum espaço para argumentação!

The Share Guide: Como nós percebemos, quando meditando, que não estamos conectados com nosso Self e sim com a Consciência Cósmica?

Dr. Hagelin: A experiência de Pura Consciência é auto-evidente e óbvia. Tal como acontece quando você desperta e sabe que está acordado. Se você não está absolutamente certo que você está acordado, existem chances de você estar sonhando. Da mesma forma, se você não tiver certeza de que está experimentando a Pura e Ilimitada Consciência, você provavelmente não a estará. Pode ser o momento de tentar um sistema mais eficaz de meditação.

The Share Guide: Você recomenda o conceito de “por entre parênteses” na sua atividade diária períodos de meditação de manhã e à noite. Isso lhe permite relaxar na sua natureza eterna por meio da meditação e desempenhar ações em todo o mundo deste ponto vantajoso.

Dr. Hagelin: Sim, é uma rotina maravilhosa. A experiência regular da Pura Consciência é necessária para estabilizá-la, através disso, alcançar a Iluminação.

The Share Guide: Você tem sido candidato presidencial. No livro ‘Uma Razão para Votar’, você é totalmente otimista quando declara que o maior épico da historia Americana será ‘a história de um povo que exigiu de seu governo, e de seu país, a partir de um ponto bem estabelecido, uma auto-serviência da oligarquia político industrial e de seus patrocinadores corporativos que, acima de tudo, procuram preservar seus status quo. Você também declara que essa é a ‘história de um povo que retorna a seu país pelos princípios da Lei Natural sobre a qual foi fundado’. Mas muitos de nós, onde quer que olhemos, vemos que nossos líderes agem fora da Lei Natural. Como nós, como indivíduos, podemos mudar a maré dos atuais acontecimentos que conduzem à degradação social e ambiental?

Dr. Hagelin: Infelizmente, como nação, tendemos a ter o governo que merecemos. É justamente o karma, especialmente numa democracia, onde nós é que elegemos o governo. Por isso, não podemos esperar um governo melhor a menos e até que despertemos as massas. É nisso que eu estou pessoalmente focalizado hoje, sobre o aumento da consciência coletiva da nação e do mundo. Isto pode soar como uma tarefa impossível, mas é mais fácil do que parece. Não é realmente necessário esclarecer a todos, ou mesmo alcançar a todos. Podemos alçar nosso poder, por intermédio daqueles que estejam acordados, podendo exercer uma influência desproporcional sobre a sociedade. Este é o poder da meditação coletiva. Grupos com experiência no Campo Unificado, de nossa realidade cósmica comum, potentemente estimulam este campo universal e têm um profundo efeito sobre o despertar de todos. Ele criam indomáveis ondas de positividade e paz. Cada grupo de meditação, repetidamente, demostrou reprimir a violência social e até mesmo a guerra aberta em áreas de conflito, como o Oriente Médio. Para mais informação sobre isto, vocês podem ler o excelente livro ‘Paz Permanente’ (Permanent Peace) de Robert M. Oates ou visitar o seu site http://www.createpermanentpeace.com.

The Share Guide: Você disse, em sua palestra de São Francisco, que nós devemos exercitar nossa Criatividade Cultural em nossa influência política. Para isso teremos que, na esfera política, aderir a um partido alternativo como o Partido Verde ou o Partido da Lei Natural, em vez de tentar reconstruir o Partido Democrático. O livro ‘Destruindo o Partido’, de Ralph Nader, mostra o quanto as probabilidades estão amontoadas contra esses partidos, mas eu tenho ouvido você dizer repetidamente que ‘os partidos alternativos empurram a nação para novas direções’. Você poderia cuidadosamente elaborar isso?

Dr. Hagelin: Noventa por cento de todas as idéias que nós gostamos em nossa democracia, originalmente, vieram de partidos alternativos. Esses partidos têm um poder que é desproporcional ao seus tamanhos. O Partido Democrático, durante décadas de liderança na Casa branca e no Senado, tem demonstrado a sua fidelidade a interesses particulares. Hoje, é demonstrado sua impotência em face a um Partido Republicano que intimida pela guerra. Mas a militância política sem uma profunda transformação em nossa consciência nacional, é também insuficiente para efetuar mudanças substanciais. Nós necessitamos mirar para a causa base da inércia e corrupção na política. Temos que elevar a consciência coletiva da nação.

The Share Guide: Existem outros partidos alternatives sérios além do Partido Verde e do Partido da Lei Natural? E o Partido Libertário e o Partido Reformista?

Dr. Hagelin: Esses partidos têm idéias que merecem ser ouvidas. De todos esses partidos, entretanto, o Partido da Lei Natural tem a mais completa e abrangente plataforma de estudos e soluções sustentáveis em harmonia com a Lei Natural,acrescido de um elenco de ativistas dedicados verdadeiramente maravilhoso. (Para mais informações visite http://www.naturallaw.org)

The Share Guide: Quais são suas sugestões de referência (livros e websites) e como nós podemos ficar informados do atual trabalho de meditação em grupo?

Dr. Hagelin: Meu livro, Manual for a Perfect Government, é conciso e ainda suficientemente compreensível. Recomendo um exame minucioso do Projeto para a Perpétua Paz Mundial, no website http://www.maharishi.invincibledefence.org. E, como mencionado antes, recomendo o livro Permanent Peace em http://www.createpermanentpeace.com.

Veja também dois vídeos selecionados de John Hagelin.

Em Física, a relatividade geral é a generalização da Teoria da gravitação de Newton, publicada em 1915 por Albert Einstein e cuja base matemática foi desenvolvida pelo cientista francês Henri Poincaré. A nova teoria leva em consideração as ideias descobertas na Relatividade restrita sobre o espaço e o tempo e propõe a generalização do princípio da relatividade do movimento de referenciais em movimento uniforme para a relatividade do movimento mesmo entre referenciais em movimento acelerado. Esta generalização tem implicações profundas no nosso conhecimento do espaço-tempo, levando, entre outras conclusões, à de que a matéria (energia) curva o espaço e o tempo à sua volta. Isto é, a gravitação é um efeito da geometria do espaço-tempo.

Índice

Preliminares conceituais

Uma das descobertas mais importantes do século XX, feita por Einstein, é a de que podemos apresentar as leis da Física na forma de uma geometria quadridimensional, em que o tempo é uma dimensão adicional às três dimensões espaciais a que estamos habituados.

Das ideias que levaram à Relatividade restrita, sem dúvida a mais importante para se entender o papel da gravitação na Física é a ideia, chamada de princípio da relatividade, de que as leis da física devem ser escritas da mesma forma em qualquerreferencial inercial. Este princípio deve ser obedecido por qualquer lei da Física que venha a ser expressa nesse contexto.

Einstein supôs que a gravidade, devido ao princípio da equivalência entre massa inercial e gravitacional, seria um tipo de força inercial, isto é, do tipo que aparece em sistemas não inerciais (em movimento acelerado), como, por exemplo, a força centrífuga em um carrossel, ou a força que o empurra para trás durante a aceleração de um trem.

Com esta ideia em mente, e generalizando a ideia da Relatividade restrita, Einstein propôs que:

As leis da física devem ser escritas da mesma forma em qualquer sistema de coordenadas, em movimento uniforme ou não.

É por esta via da covariância sob mudança de coordenadas generalizadas que a gravitação se acopla ao eletromagnetismo e à mecânica clássica, para os quais foi direcionado o desenvolvimento inicial da Relatividade restrita.

Laboratórios em órbita ou em queda livre são o que temos na Terra de mais próximo de um referencial localmente inercial. Portanto, se for necessário realizar um experimento em um local livre de forças externas, há duas opções na Terra: entrar em um avião, subir até algumas dezenas de quilômetros de altura e deixar-se cair em queda livre (dentro de um avião, num voo parabólico), ou usar qualquer uma estação espacial em órbita.

O Princípio da Relatividade Geral

O postulado base da Teoria da Relatividade Geral, chamado de Princípio da Equivalência, especifica que sistemas acelerados e sistemas submetidos a campos gravitacionais são fisicamente equivalentes. Nas próprias palavras de Einstein em seu trabalho de 1915:

Nós iremos portanto assumir a completa equivalência física entre um campo gravitacional e a correspondente aceleração de um sistema de referência. Esta hipótese estende o princípio da relatividade especial para sistemas de referência uniformemente acelerados.

Por esse princípio, uma pessoa numa sala fechada, acelerada por um foguete com a mesma aceleração que a da gravidade na Terra (9,78m / s2), não poderia descobrir se a força que a prende ao chão tem origem no campo gravitacional terrestre ou se é devida à aceleração da própria sala através do espaço e vice-versa. Uma pessoa em uma sala em órbita ou queda livre em direção a um planeta não saberá dizer por observação local se se encontra em órbita ao redor de um planeta ou no espaço profundo, longe de qualquer corpo celeste. Esse experimento mental é conhecido na literatura como o elevador de Einstein.

Esse princípio é válido apenas para vizinhanças pequenas do ponto considerado, e determina o chamado referencial localmente inercial através de uma lei de transformação entre o referencial do observador (genérico) e um em que a Física se assemelha àquela da Relatividade restrita.

Uma consequência importante do Princípio da Equivalência é a identificação entre os conceitos de massa inercial e massa gravitacional. Embora isso pareça óbvio, conceitualmente elas são distintas. A massa inercial é aquela expressa na segunda lei de Newton\vec{F}=m\vec{a}, e corresponde à resistência dos corpos em mudar seu estado de movimento relativo. A massa gravitacional é aquela da lei da gravitação universal de Newton, e corresponde à capacidade que um corpo tem de atrair outro. Identificando um referencial acelerado a uma força gravitacional, esses conceitos se confundem, e as massas se tornam a mesma entidade. A diferença medida experimentalmente entre elas é inferior, em proporção, a 10 − 9.

O Princípio da Equivalência tem, portanto, como principal consequência, a equivalência entre massa gravitacional e inercial.

A ligação com a geometria

O Princípio da Equivalência põe em pé de igualdade todos os referenciais. Uma consequência disso é que um observador movendo-se livremente em seu referencial pode ver-se em um estado de movimento diferente do visto por um observador em outro ponto do espaço. Voltando ao exemplo do elevador: um observador dentro de uma nave espacial em órbita se vê completamente livre de forças inerciais, o que para ele significa que o seu referencial é localmente inercial (em repouso, ou movendo-se uniformemente, segundo a primeira lei de Newton). Um observador na Terra constata que a nave não está em movimento retilíneo, mas em órbita ao redor da Terra.

A maneira de se lidar com essas diferenças é escrever em um referencial genérico a equação de movimento observada no referencial localmente inercial, através da equação que determina a transformação de referenciais.

No referencial localmente inercial, não há acelerações nas trajetórias das partículas, o que significa:

 \frac{\partial^2x_{\mu}}{\partial \tau^2} = 0

onde μ é um índice que varia de 0 a 3, sendo x0 a coordenada do tempo, e x1x2 e x3 as coordenadas espaciais, e τ é o tempo próprio do referencial.

A equação que rege a mudança de referenciais é genericamente escrita como:

 dx^{\prime}_{\mu} = \frac{\partial x^{\prime}_{\mu}}{\partial x^{\nu}} dx^{\nu}

que corresponde ao jacobiano associado à mudança de coordenadas.

Aplicando essa lei de transformação na equação de movimento, resulta:

 \frac{\partial^2x^{\prime}_{\mu}}{\partial \tau^2} + \Gamma^{\mu}_{\alpha\beta}\frac{\partial x^{\alpha}}{\partial\tau}\frac{\partial x^{\beta}}{\partial\tau} = 0

Essa é a equação da geodésica, que nada mais é do que a equação de movimento de um corpo em um referencial genérico. Ou seja, se em um referencial localmente inercial um corpo executa movimento retilíneo uniforme, em um referencial genérico o mesmo corpo percorrerá ao longo do espaço-tempo uma curva chamada de geodésica, que não necessariamente é uma linha reta nesse referencial.

O objeto \Gamma^{\mu}_{\alpha\beta} que aparece na equação da geodésica é chamado de conexão, e representa uma medida de quanto um dado referencial não é inercial. Nos referenciais inerciais as conexões são sempre iguais a zero.

Assim, uma vez que as geodésicas são diferentes, as geometrias do espaço-tempo nos dois casos são diferentes. Isso é uma característica puramente geométrica do espaço-tempo, que deve ser expressa em função apenas das suas propriedades.

Geometria do espaço-tempo

Geodésica no espaço-tempo de uma partícula parada em um ponto do plano x-y

A ideia importante para se entender a fundo os conceitos básicos da Relatividade geral é entender o que significa o movimento de um corpo neste espaço-tempo de 4 dimensões. Não existe movimento espacial sem movimento temporal. Isto é, no espaço-tempo não é possível a um corpo se mover nas dimensões espaciais sem se deslocar no tempo. Mas mesmo quando não nos movemos espacialmente, estamos nos movendo na dimensão temporal (no tempo). Mesmo sentados em nossa cadeira lendo este artigo, estamos nos movendo no tempo, para o futuro. Este movimento é tão válido na geometria do espaço-tempo quanto os que estamos habituados a ver em nosso dia a dia. Portanto, no espaço-tempo estamos sempre em movimento, e a nossa ideia de estar parado significa apenas que encontramos uma forma de não nos deslocarmos nas direções espaciais mas apenas no tempo (veja o exemplo deste tipo de geodésica na figura ao lado).

Essa afirmação é importantíssima, e merece esclarecimentos. O motivo é simples: no plano espacial, se um objeto se desloca de um ponto ao outro sem se deslocar na direção temporal, a velocidade deste deslocamento será infinita, já que a velocidade inclui um deslocamento pelo intervalo de tempo, que neste caso seria zero. E da Teoria da Relatividade especial sabe-se que a maior velocidade possível para algo material, no nosso universo, é a velocidade da luz. Portanto este resultado da Relatividade especial cria imediatamente no nosso espaço-tempo duas regiões distintas: uma região a que podemos ter acesso (chamada de tipotempo), e regiões às quais não podemos ter acesso imediato (chamadas de tipo espaço). Isto é uma característica diferente da de um espaço de 4 dimensões qualquer, por exemplo, onde não temos restrição alguma entre as regiões do espaço, nem uma direção especial.

A relatividade restrita, portanto, impõe sobre a geometria do espaço-tempo uma restrição fundamental e diversa do que esperaríamos de um espaço euclidiano de quatro dimensões, por exemplo. Esta diferença se reflete na estrutura básica da geometria.

Podemos mostrar como estas diferenças se refletem na noção de distância, que na Relatividade Especial é chamada de intervalo, para não invocar a mesma ideia de distância euclidiana. Se quisermos medir a distância entre dois pontos em um espaço de 3 dimensões, usamos a fórmula de Pitágoras:

s2 = (x1 − x2)2 + (y1 − y2)2 + (z1 − z2)2

Incluindo o tempo para termos o espaço-tempo, poderíamos imaginar uma fórmula equivalente para a distância entre dois pontos:

s2 = c2(t1 − t2)2 + (x1 − x2)2 + (y1 − y2)2 + (z1 − z2)2

Note que tivemos o cuidado de multiplicar o termo temporal por c, a velocidade da luz no vácuo, para termos um comprimento, uma vez que não faz sentido somar tempo com distância. Para pontos muito próximos (lembre-se que temos que manter nossa análise local para podermos garantir que estamos em um referencial inercial), podemos escrever.

 \Delta s^2 =  c^2 (\Delta t)^2 + (\Delta x)^2 + (\Delta y)^2 + (\Delta z)^2  = c^2 (\Delta t)^2 + (\Delta \vec{x} )^2

Mas isto não reflete a característica essencial do espaço-tempo que estamos discutindo. A distância acima é simplesmente a distância em espaço euclidiano de 4 dimensões. O que sabemos é que as velocidades espaciais possíveis são sempre menores que a velocidade da luz:

 \left| \frac{d}{dt} \vec{x} \right| \leq c

E isto, de certa forma, deve ser refletido pela geometria que estamos procurando. E está, como iremos demonstrar. Elevando ao quadrado para eliminar o módulo acima, e reorganizando os termos, podemos escrever nossa restrição como:

 (d \vec{x} )^2 \leq c^2 dt^2

Repare que a expressão acima é o equivalente matemático do que acabamos de dizer: deslocamentos espaciais válidos devem ser menores que c dt para que a velocidade do deslocamento seja menor que a da luz. Comparando esta expressão com a da distância em um espaço euclidiano, dada acima, vemos uma semelhança. Podemos entender agora que o termo ds :

 ds^2 = c^2 dt^2 - d \vec{x}^2   \geq 0

pode ser utilizado como definição para o cálculo de intervalos no espaço-tempo.

Para completar, precisamos agora entender como esta medida de intervalos pode ser generalizada para um sistema de coordenadas qualquer.

Em quatro dimensões, usando a notação de Einstein para somas de vetores, podemos escrever o intervalo como sendo o seguinte:

ds2 = gμνdxμdxν

que nada mais é do que o teorema de Pitágoras generalizado a quatro dimensões. No caso da Relatividade restrita, o tensor métrico gμν é dado pela seguinte matriz:

 g_{\mu\nu}=\eta_{\mu\nu}= \begin{bmatrix} 1&0&0&0\\ 0&-1&0&0\\ 0&0&-1&0\\ 0&0&0&-1 \end{bmatrix}

Na Relatividade geral, a presença de matéria e energia altera os termos dessa matriz, alterando a métrica do espaço-tempo. É importante notar que a métrica é uma característica do espaço-tempo e não do referencial. Assim, ela é invariante para todos os referenciais.

Podemos assim determinar uma expressão para as conexões que depende unicamente da métrica em cada ponto.

No entanto, para todo ponto no espaço-tempo podemos definir um referencial localmente inercial, que tem a conexão igual a zero. Para medir precisamente a diferença entre a geometria de um ponto a outro, é necessário que sejam analisadas as derivadasdas conexões.

Curvatura do espaço-tempo

Geódesica no espaço-tempo de uma partícula próxima a um corpo material

Imaginemos agora um observador no espaço profundo. Suponha que ele esteja parado, isto é, em um movimento geodésico que é uma linha reta diretamente para o futuro. Se agora colocarmos instantaneamente ao seu lado uma massa suficientemente grande, a deformação que esta massa causará no espaço-tempo em sua vizinhança irá curvar e alterar as coordenadas originais do espaço-tempo no local. O efeito é que aquele movimento que era apenas uma linha reta na direção temporal agora passará a ocorrer também nas novas coordenadas espaciais. A linha se curva e se enrola em torno do corpo enquanto ele se move na direção do tempo futuro. E nosso observador começa a se mover espacialmente devido à distorção da geometria causada pela massa, não devido à presença de uma força. Isto era o efeito que se costuma chamar de gravidade mas que, à luz desta teoria, é uma distorção da geometria do espaço-tempo devido à presença de uma massa.


Para ajudar a entender intuitivamente o conceito de curvatura do espaço-tempo por um objeto massivo é comum usar-se uma analogia com a deformação causada por uma bola pesada numa membrana elástica. (É evidentemente uma representação um tanto «fantasiosa», pois mostra apenas a curvatura espacial de um espaço de duas dimensões, sem levar em consideração o efeito do tempo.)

Uma analogia para a curvatura do espaço-tempo causada por uma massa

Quanto maior for a massa do objeto, maior será a curvatura da membrana. Se colocarmos perto da cova criada um objeto mais leve, como uma bola de ping-pong, ela cairá em direção à bola maior. Se, em vez disso, atirarmos a bola de ping-pong a uma velocidade adequada em direção ao poço, ela ficará a “orbitar” em torno da bola pesada, desde que o atrito seja pequeno. E isto é, de algum modo, análogo ao que acontece quando a Lua orbita em torno da Terra, por exemplo.

Na relatividade geral, os fenômenos que na mecânica clássica se considerava serem o resultado da ação da força da gravidade, são entendidos como representando um movimento inercial num espaço-tempo curvo. A massa da Terra encurva o espaço-tempo e isso faz com que tenhamos tendência para cair em direção ao seu centro.

O ponto essencial é entender que não existe nenhuma «força da gravidade» atuando à distância. Na relatividade geral, não existe ação à distância e a gravidade não é uma força mas sim uma deformação geométria do espaço encurvado pela presença nele de massa, energia ou momento. E uma geodésica é o caminho mais curto entre dois pontos, numa determinada geometria. É a trajetória que segue no espaço-tempo um objeto em queda livre, ou seja, livre da ação de forças externas. Por isso, a trajetória orbital de um planeta em volta de uma estrela é a projeção num espaço 3D de uma geodésica da geometria 4D do espaço-tempo em torno da estrela.

Se os objetos tendem a cair em direção ao solo é apenas devido à curvatura do espaço-tempo causada pela Terra. Quando um objeto foi lançado no ar, ele sobe e depois cai. Mas não é porque haja uma força a puxá-lo para baixo. Segundo Einstein, o objeto segue apenas uma geodésica num espaço-tempo curvo. Quando está no ar, não há nenhuma força a agir sobre ele, exceto a da resistência do ar. Se o vemos a acelerar, é porque, quando estamos parados em cima do solo, a nossa trajetória não segue uma «linha reta» (uma geodésica), porque há uma força que age sobre nós: a força do solo a puxar-nos para cima. Aquilo a que chamamos «força da gravidade» resulta apenas do fato de a superfície da Terra nos impedir de cair em queda-livre segundo a linha geodésica que a curvatura do espaço-tempo nos impõe. Aquilo a que chamamos «força da gravidade» é apenas o resultado de estarmos submetidos a uma aceleração física contínua causada pela resistência mecânica da superfície da Terra. A sensação de peso que temos resulta do fato da superfície da Terra nos «empurrar para cima».

Uma pessoa que cai de um telhado de uma casa não sente, durante a queda, nenhuma força gravitacional. Sente-se «sem peso». Se largar um objeto, ele flutuará a seu lado, exatamente com a mesma aceleração constante (na ausência da resistência do ar).


Mas, como já se explicou, a analogia apresentada dificilmente se pode considerar uma boa representação do que realmente acontece. O exemplo que apresentamos anteriormente permite elucidar de um modo mais correto a curvatura do espaço-tempo, através de efeitos sobre as linhas geodésicas. Em cada ponto do espaço disparamos ou apenas soltamos uma pequena massa de prova e observamos a sua trajetória. De um ponto de seu referencial inercial dispare uma massa em cada um dos seus eixos de coordenadas espaciais e observe: obviamente, se elas continuarem indefinidamente em linha reta, você estará em um espaço-tempo plano (espaço de Minkowski). Caso contrário, as trajetórias poderão lhe dar informações sobre a curvatura na região. Esta é a melhor maneira pela qual podemos esperar descrever um objeto que possui 4 dimensões para seres que vivem em apenas 3 dimensões.

Matemática da Relatividade Geral

Para estender as leis da física para o contexto de sistemas de coordenadas gerais, um extenso arsenal de ferramentas matemáticas deve ser dominado. Mesmo antes do advento da Relatividade Geral, na mecânica clássica, por exemplo, uma quantidade enorme de trabalhos foram desenvolvidos para se trabalharem os sistemas físicos em diversos sistemas de coordenadassistemas de coordenadas cartesianosesféricascilíndricas, etc. Apesar dos nomes, nenhum destes sistemas de coordenadas utilizados na Física Matemática é geral o bastante para causar alteração na geometria. Eles são formas de se aproveitarem as simetrias do problema e ajudam, portanto, a simplificar a solução. Na Relatividade Geral precisamos estender este conhecimento para transformações de coordenadas que alterem a geometria do espaço-tempo. Para isto são necessárias uma síntese e uma generalização deste conhecimento matemático em um novo cálculo, o Cálculo Tensorial. Por sorte, esta síntese estava sendo criada pelo matemático Tullio Levi-Civita, baseando-se nos trabalhos anteriores de Hamilton e Gregorio Ricci-Curbastro, na mesma época em que Einstein iniciou seu trabalho na Relatividade Geral. De fato, Einstein aprendeu os conceitos diretamente de Levi-Civitta.

Com esta ferramenta nova, podemos generalizar o conceito de cálculo de intervalos do espaço-tempo, introduzindo o tensor métrico para o espaço-tempo:

ds2 = gμνdxμdxν

A notação com índices, chamada notação clássica do cálculo tensorial, possui a convenção de que índices repetidos, um superior e outro inferior, representam uma soma no conjunto de índices. No nosso caso estes índices variam de 0 até 3 para representar o tempo (índice 0), e as coordenadas espaciais. Esta é a mesma expressão que obtivemos anteriormente se escrevermos o tensor gij da Relatividade Restrita de forma matricial como:

g_{\mu\nu}=\eta_{\mu\nu}= \begin{bmatrix} 1&0&0&0\\ 0&-1&0&0\\ 0&0&-1&0\\ 0&0&0&-1 \end{bmatrix}

O ponto importante a se entender aqui é que, no espaço-tempo curvo, o tensor métrico não possui mais seus elementos constantes como acima. Eles passam a ser funções das coordenadas espaço-temporais que contêm informações sobre a geometria local. Mesmo assim, a expressão para o cálculo de intervalos ainda continua sendo escrita da mesma forma. E isto reflete a ideia básica do cálculo tensorial: permitir escrever quaisquer equações independentemente do sistema de coordenadas utilizado.

O Tensor métrico é a peça fundamental da teoria da Relatividade Geral e é um tensor simétrico, isto é gμν = gνμ. Isto significa que em vez de termos 16 componentes gμν, temos apenas 10 componentes independentes.

O tensor métrico possui informações não só sobre como se calculam as distâncias, mas como se realizam outras operações geométricas em espaços curvos, como o transporte paralelo de vetores e outros objetos matemáticos. É através dele que se obtém a expressão para a curvatura do espaço-tempo e se obtém o Tensor de Einstein, utilizado na equação da Relatividade Geral, que sumariza a interação da geometria com a matéria:

G_{\mu\nu} = R_{\mu\nu} - {R \over 2}  g_{\mu\nu} + \Lambda g_{\mu\nu} = {8 \pi G \over c^4} T_{\mu\nu}

onde Gμν é o tensor de Einstein, Rμν são as componentes do Tensor de curvatura de RicciR é a Curvatura escalargμν são as componentes do tensor métricoΛ é a Constante cosmológicaTμν são as componentes do Tensor de tensão-energia que descreve a matéria e energia em um dado ponto do espaço-tempo e G é a Constante de gravitação, a mesma da lei de Newton da gravidade. O Tensor de Ricci e a Curvatura Escalar são derivados do tensor métrico, como dito acima.

Soluções da Equação de Einstein

Ver artigo principal: Equações de campo de Einstein

A primeira solução exata para a equação de Einstein foi proposta por Karl Schwarzschild na chamada Métrica de Schwarzschild, e é a solução para o caso de uma massa esférica estacionária, isto é, sem rotação da massa. Esta foi também a primeira solução que descreve um buraco negro.

Soluções da equação de Einstein são obtidas a partir de uma determinada métrica. Propor uma métrica correta é uma parte importante e difícil do problema. Estas são algumas das soluções conhecidas da Equação de Einstein:

  1. Métrica de Schwarzschild.
  2. Métrica de Kerr, que descreve o caso de uma massa girante esférica.
  3. Métrica de Reissner-Nordstrom, para o caso de uma métrica esférica com carga elétrica.
  4. Métrica de Kerr-Newman, para o caso de um massa girante com carga elétrica.
  5. Métrica de Friedmann-Robertson-Walker (FRW), usada em cosmologia como modelo de um universo em expansão.
  6. Métrica de Gödel (FRW), usada em cosmologia como modelo de um universo em rotação.
  7. Métrica de ondas-pp que descreve vários tipos de ondas gravitacionais.

As soluções (1), (2), (3) e (4) descrevem buracos negros.

Referências

Museu de Sobral no Ceará[1].

Brasileiros de Sobral no Local da comprovação do desvio da luz pela massa do sol (como previsto nos calculos matematicos de Einstein) fizeram um museu que é visitado anualmente por milhares de turistas.

Buracos Negros [2] página em inglês.

  • Laurent Baulieu ; Introdução à relatividade geral, curso de introdução ministrado na Escola Politécnica por um pesquisador do Laboratário de Física Teórica de Energias “Hautes” da Universidade de Paris VI, especialista na teoria quântica do campo. (Fichier PostScript – 53 pages.)
  • Luc Blanchet ; Introdução à relatividade geral (I), curso de introdução ministrado na École de Gif-sur-Yvette em 2000 por um pesquisador do Instituto de Astrofísica de Paris (Meudon), especialista na teoria de Einstein. (15 transparências no format jpeg).
  • Gerard ‘t Hooft ; Introdução geral da relatividade, com introduções do Colégio Caput em 1998 por prix Nobel 1999, ‘chercheur’ à Instituição para Física Teórica, Universidade Utrecht(Pays-Bas) (Fichier Postscript – 68 pages).

Anarquismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Anarquismo

Nota: Para outros significados de Anarquismo, ver Anarquismo (desambiguação).

Anarquismo (do grego ἀναρχος, transl. anarkhos, que significa “sem governantes”,[1][2] a partir do prefixo ἀν-, an-, “sem” + ἄρχή, arkhê, “soberania, reino, magistratura”[3] + o sufixo -ισμός, -ismós, da raiz verbal -ιζειν, -izein) é uma filosofia política que engloba teorias e ações que visem a eliminação de todas as formas de governo compulsório.[4] De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita [5], defendendo tipos de organizações libertárias.

Para os anarquistas, Anarquia significa ausência de coerção, e não ausência de ordem. Uma das visões do senso comum sobre o tema é na verdade o que se denomina por “anomia“, ou seja, ausência de leis. Existe em torno desta questão um debate acerca da necessidade ou não de uma moral anarquista, ou se a natureza humana bastaria por si só na manutenção pacífica das relações.

As diferentes vertentes do anarquismo têm compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos governos e quanto à forma de organização social que disso resultaria.

Principais conceitos anarquistas

Princípio da não-doutrinação

Proudhon e seus filhos, por Gustave Courbet, 1865

Este conceito anarquista, embora não constitua a didática primária à compreensão libertária, é digno de uma abordagem rápida.

Os anarquistas acreditam no desenvolvimento heterodoxo do pensamento e do ideário libertário como um todo, não idolatrando nem privilegiando qualquer escritor ou teórico desta vertente de estudos. George Woodcock descreve com aptidão esse posicionamento libertário:

“Toda a posição do anarquismo é completamente diferente de qualquer outro movimento socialista autoritário. Ela tolera variações e rejeita a idéia de gurus políticos ou religiosos. Não existe um profeta fundador a quem todos devam seguir. Os anarquistas respeitam seus mestres, mas não os reverenciam, e o que distingue qualquer boa compilação que pretenda representar o pensamento anarquista é a liberdade doutrinária com que os autores desenvolveram idéias próprias de forma original e desinibida.”[6]

Anarquismo não é doutrina, não é religião, portanto não reverencia nenhuma espécie de livros ou obras culturais, nem linhas metodológicas rígidas, o que o definiria infantilmente enquanto ciência constituída. As obras concernentes ao anarquismo são, no máximo, fontes de experiências delimitadas histórica e conjunturalmente, passíveis de infinitas adaptações e interpretações pessoais.

Em síntese, o anarquismo é convencionado entre os libertários como sendo a emergência de um sentimento puro, sob o qual cada adepto deve desenvolver dentro de si mesmo o seu próprio instrumental intelectual para legitimá-lo e, mais do que isso, potencializá-lo abstracional e concretamente[carece de fontes].

Socialismo Libertário: a ótica anarquista

Os anarquistas auto-denominados socialistas libertários vêem qualquer governo como a manutenção do domínio de uma classe social sobre outra. Compartilham da crítica socialista ao sistema capitalista em que o Estado mantém a desigualdade social através da força, ao garantir a poucos a propriedade sobre os meios de produção, no entanto, estendem a crítica aos socialistas que advogam a permanência de um estado pós-revolucionário para garantia e organização da “nova sociedade”. Tal estado, ainda que proletário, somente faria permanecer antigas estruturas de dominação de uma parcela da população sobre a outra, agora sob nova orientação ideológica.

Esta teoria clama por um sistema socialista em que a posse dos meios de produção sejam socializados e garantidos a todos os que trabalham. Num tal sistema, não haveria necessidade de autoridades e/ou governos uma vez que a administração da vida social, para a garantia plena da liberdade só poderia ser exercida por aqueles mesmos que a compõem e a tornam efetiva (seja na indústria, na agricultura, nas empresas, creches, escolas, etc.).

A sociedade seria gerida por associações democráticas, formadas por todos, e dividindo-se livremente (ou seja, com entrada e saída livre) em cooperativas e estas, em federações.

A origem da tradição socialista libertária está entre os séculos XVIII e XIX. Talvez o primeiro anarquista (embora não tenha usado o termo em nenhum momento) tenha sido William Godwininglês, que escreveu vários panfletos defendendo uma educação sem participação do Estado, observando que esta tornava as pessoas menos propensas a ver a liberdade que lhes era retirada. O primeiro a se auto-intitular anarquista e a defender claramente uma visão mais socialista, foi Joseph Proudhon, seguido por Bakunin, que levou e elaborou as idéias daquele à primeira Associação Internacional de Trabalhadores (AIT). Mais tarde aparecem importantes figuras de teóricos do anarquismo, como Errico MalatestaEmma Goldman e Piotr Kropotkin, cujas idéias foram muito populares na primeira metade do século XX.

A revolução social

A revolução social consiste na quebra drástica, rápida e efetiva do Estado e de todas as estruturas – levadas aqui enquanto entes materiais e não-materiais – que o regiam ou a ele sustentavam, por meio da ação revolucionária. Este princípio é primordial na diferenciação da vertente de pensamentos libertária em relação a qualquer outra corrente ideária. É a diferença básica entre o Socialismo Libertário e o Socialismo Autoritário.

Sob a ótica do Marxismo, por exemplo, seria necessária a instrumentalização do Estado para a conquista planejada, detalhada e gradativa da Revolução, sendo instituída a Ditadura do Proletariado para o controle operário dos meios de produção até a eclosão do Comunismo. Já, sob o ideário anarquista, a Revolução deve ser imediata, para não permitir que os elementos revolucionários possam ser corrompidos pela realidade estatal. De acordo com os libertários, a Ditadura do Proletariado nada mais é do que uma ditadura “de fato”, exercendo a mesma coerção, a mesma opressão e a mesma violência contra a sociedade. Especialmente por isso, para eles, a Revolução Social deve ascender o mais rápido possível à Sociedade Anarquista, ao Comunismo puro, para, também, através dos princípios da Defesa da Revolução, não permitir a ressurreição do Estado.

Por fim, por intermédio do processo de destruição completa do Estado, sobre todas as suas formas, torna-se plenamente tangível a Liberdade, podendo, o/a sujeito/a, renovar de forma efetiva os seus princípios e preceitos humanistas.

Humanismo

Ver artigo principal: Humanismo

Nos meios anarquistas, de forma geral, rejeita-se a hipótese de que o governo, ou o Estado, sejam necessários ou mesmo inevitáveis para a sociedade humana. Os grupos humanos seriam naturalmente capazes de se auto-organizarem de forma igualitária e não-hierárquica, mediante os progressos originários nas mulheres e homens a partir da educação libertária. A presença de hierarquias baseadas na força, ao invés de contribuírem para a organização social, antes a corrompem, por inibirem essa capacidade inata de auto-organização e por dar origem à desigualdade.

Desta forma, a partir da conscientização, aceitação e internalização da sua essência humana – idéia suprimida anteriormente pelo Estado -, por parte da pessoa, emerge-se naturalmente de toda a sociedade humana o anseio pela ascensão da idéia-base de qualquer forma de vida real: a Liberdade.

Liberdade

A Liberdade é a base inconteste de qualquer pensamento, formulação ou ação anarquista, representando o elo sublime que conjuga de forma plena todos os anarquistas. Assim, entre os anarquistas, a Liberdade deixa apenas o plano abstracional (do pensamento) para ganhar uma funcionalidade prática, sendo o símbolo e a dinâmica do desenvolvimento humano real. Em outras palavras, o princípio básico para qualquer pensamento, ação ou sociedade ser definida como anarquista é que esteja imersa, tanto abstracionalmente (ideologicamente), quanto pragmaticamente (no âmbito das ações), no conceito de Liberdade.

Para a encarnação da Liberdade, no entanto, é necessária a erradicação completa de qualquer forma de autoridade.

Antiautoritarismo

O Antiautoritarismo consiste na repulsa e no combate total a qualquer tipo de hierarquia imposta ou a qualquer domínio de uma pessoa sobre a(s) outra(s), defendendo uma organização social baseada na igualdade e no valor supremo da liberdade. Tem como principais, mas não únicos, objetivos a supressão do Estado, da acumulação de riqueza própria do capitalismo(exceto os Anarco-capitalistas) e as hierarquias religiosas(exceto seguidores do Anarquismo cristão). O Anarquismo difere do Marxismo por rejeitar o uso instrumental do Estado para alcançar seus objetivos e por prever uma Revolução Social de caráter direto e incisivo, ao contrário da progressão sócio-política gradual – socialismo – rumo à derrubada do Estado – comunismo – proposta por Karl Marx.

De acordo com a corrente de pensamentos libertária, a supressão da autoridade é condicionada pela ação direta de cada indivíduo livre, prescindindo-se completamente de qualquer intermediário entre o seu objetivo, enquanto defensor da Liberdade, e a sua vontade.

Ação direta

Ver artigo principal: Ação direta

Os anarquistas afirmam que não se deve delegar a solução de problemas a terceiros, mas antes, atuar diretamente contra o problema em questão, ou, de forma mais resumida, “A luta não se delega aos heróis”. Sendo assim, rejeitam meios indiretos de resolução de problemas sociais, como a mediação por políticos e/ou pelo Estado, em favor de meios mais diretos como o mutirão, a assembléia (ação direta que não envolve conflito), a greve, o boicote, a desobediência civil (ação direta que envolve conflito), e em situações críticas a sabotagem e outros meios destrutivos (ação direta violenta).

No entanto, a Ação Direta, por si só, não garante a manutenção e a perpetuação das condições humanas básicas, tanto em termos estruturais, quanto no aspecto intelectual, necessitando de uma extensão operacional ilimitada a fim de fazer da força humana global uma só energia coletiva. Decerto, somente a solidariedade e o mutualismo máximos podem promover essa harmonia social.

Apoio mútuo

Ver artigo principal: Apoio mútuo

Os anarquistas acreditam que todas as sociedades, quer sejam humanas ou animais, existem graças à vantagem que o princípio da solidariedade garante a cada indivíduo que as compõem. Este conceito foi exaustivamente exposto por Piotr Kropotkin, em sua famosa obra “O Apoio Mútuo“. Da mesma forma, acreditam que a solidariedade é a principal defesa dos indivíduos contra o poder coercitivo do Estado e do Capital.

Mas, para que a solidariedade se torne uma virtude “de fato” é necessária a erradicação de qualquer fator de segregação ou discriminação humanas. Com esse objetivo, o internacionalismo se firma enquanto o princípio proeminente da integração sociolibertária.

Internacionalismo

Ver artigo principal: Internacionalismo

Para os anarquistas, todo tipo de divisão da sociedade – em todos os apectos – que não possua uma funcionalidade plena no campo humano deve ser completamente descartada, seja pelos antagonismos infundados que ela gera, seja pela burocracia contraproducente que ela encarna na organização social, esterilizando-a. Logo, a idéia de “pátria” é negada pelos anarquistas.

Os libertários acreditam que as virtudes – bem como o exercer pleno delas – não devem possuir “fronteiras”. Assim, acreditam que a natureza humana é a mesma em qualquer lugar do mundo, exigindo, independentemente do universo material ou cultural onde o ente humano esteja inserido , uma gama infinita de necessidades e cuidados. Em outras palavras: se a fragilidade do homem não tem fronteiras, por que estabelecer empecilhos ao seu auxílio?

Vale lembrar que o conceito libertário de internacionalismo se difere completamente do conceito que conhecemos – portanto, capitalista – de globalização. Globalização é a ampliação a nível mundial da difusão de produtos – ideológicos, culturais e materiais – de determinados segmentos capitalistas, visando à potencialização máxima da capacidade mercadológica dos agentes operantes – na maioria das vezes, as empresas e as grandes corporações -, sendo, para isso, desconsideradas parcial ou completamente todas as conseqüências humanas do processo, já que é a doutrina do “lucro máximo” que rege essas operações. Por outro lado, o internacionalismo, por se alijar completamente de todo o ideário capitalista, não possui nenhuma tenção lucrativa, capitalista, e não é permeado por estruturas privilegiadas de produção – como as indústrias capitalistas -, sendo regido pela solidariedade e mutualismo máximos.

Didaticamente, o internacionalismo pode ser definido como sendo a difusão global de “serviços” humanos, e a globalização como a difusão global de “hegemonias” mercadológicas.

A Sociedade Anarquista

A educação avançada: a base da coexistência harmoniosa

A questão persecutória por excelência entre os anarquistas no decorrer da história é: como seria possível uma Sociedade Anarquista se cada ser humano pensa de uma forma diferente[carece de fontes]? Não seria permeada por inúmeros conflitos, guerras, antagonismos?

A resposta a essa questão, defendida pela maior parte dos anarquistas[carece de fontes], é a de que apenas o desenvolvimento virtuoso da educação (Pedagogia Libertária) – permeada pela autodidática, interesse natural, relativismo cultural e antidogmatismo – proveria as pessoas do desenvolvimento humano efetivo. Assim, embora os conflitos façam parte da Sociedade Anarquista – e a desenvolvam estruturalmente por essa relação dialética –, eles seriam transferidos do plano físico – como é o caso das guerras atuais – para o plano do diálogo – como prima a Democracia Direta –, sendo negociados de forma pacífica, consciente, racional e, acima de tudo, humana, já que o interesse, o calculismo, não estaria mais regendo as instâncias conflitivas. Em outras palavras, independentemente do resultado do embate, ninguém sairia em posição privilegiada[carece de fontes].

Evidentemente, no caso de uma sociedade anarquista, também pode haver indivíduos que perturbem a harmonia social. Como a violência é uma forma pura de autoridade, de poder, o indivíduo que encarná-la em qualquer uma de suas ações, por qualquer que seja o motivo, não será considerado anarquista[carece de fontes]. Como a Sociedade Anarquista é uma sociedade de anarquistas e para anarquistas, os dissidentes seriam obrigados a garantir a sua subsistência onde a autoridade e a mesquinhez deles tivesse alguma funcionalidade[carece de fontes].

Piotr Alexeevich kropotkin (1842 – 1921) defende que a Liberdade, em seu estado puro, em conjunto com a fraternidade, serviria como um verdadeiro “remédio” às pessoas, sanando os seus problemas mais nefastos, conseqüentemente, prescindindo-se de qualquer espécie de punição ou coerção. Esta idéia se aplica, num espectro mais amplo, até às questões relacionadas à existência de estruturas manicomiais, responsáveis, na sociedade capitalista, pelas torturas e maus-tratos aos estigmatizados pelo sistema como “doentes mentais”.

Princípio da flexibilidade e naturalidade organizacionais

Os anarquistas, por intermédio da aceitação e compreensão da progressão materialmente dialética da história, em sua maioria, não acreditam que o estabelecimento de estruturas organizacionais rígidas possam promover um desenvolvimento humano efetivo. Assim, acreditam que a inflexibilidade organizacional – típica do sistema capitalista – termina por interferir deleteriamente, quando não suprimir, as faculdades individuais de cada ser humano. Por isso, os anarquistas acreditam que são as dificuldades e problemáticas humanas, materiais e sociais que devem prescrever o modelo temporário de organização, e não as inferências provenientes de abstrações técnicas. Em outras palavras, é a realidade concreta que deve definir as bases da organização da sociedade anarquista, em contrapartida com as situações imaginárias criadas pelos “técnicos”, as quais, na maioria das vezes, tendem a ser manipuladas a favor de interesses parciais.

Com o objetivo de se potencializar de forma plena a coesão estrutural – material – necessária à Sociedade Anarquista, a fim de se promover a satisfação das necessidades humanitárias, houve a emergência do conceito de Federalismo Libertário.

Federalismo libertário

Ver artigo principal: Federalismo Libertário

Sendo uma ampliação funcional do princípio da “Ação Direta”, o federalismo libertário é o meio de organização proposto pela maior parte das vertentes anárquicas[carece de fontes], desenvolvido, no âmbito anarquista, pela primeira pessoa a se intitular “anarquista”: Pierre-Joseph Proudhon (1809 – 1865). Esse conceito consiste na subdivisão organizacional temporária ou permanente da sociedade libertária – em federações, comunas, confederações, associações, cooperativas, grupos e qualquer outra forma de conjugação da força operacional humana – para a maior eficiência das interações humanas, sociais. Por intermédio do federalismo, de cunho libertário, seria possível uma intervenção rápida e direta do homem frente às problemáticas emergentes na sociedade anarquista. Nesse aspecto, Piotr Alexeevich Kropotkin (1842 – 1921) aludia didaticamente às federações como sendo “botes salva-vidas”: ágeis no auxílio e versáteis frente às condições ou necessidades adversas[carece de fontes].

Evidencia-se que o conceito de federalismo, no campo libertário, transcende o conceito atual de federalismo que conhecemos, deixando de representar apenas as associações de grande escala para adentrar no âmbito pessoal, abrangendo, inclusive, as relações interpessoais. Desta forma, o federalismo libertário se firma enquanto a máxima coesão entre o homem e a satisfação proficiente de suas necessidades[carece de fontes].

O federalismo libertário se difere do federalismo estatal – como o que vigora no Brasil – por não ser concebido em meio a nenhuma relação de submissão e por ser regido, em sua completude, pelas necessidades humanas. Seriam sempre as problemáticas que definiriam e prescreveriam a organização, e não os interesses, sejam eles coletivos ou pessoais.

Com efeito, vários anarquistas já propuseram modelos mais elaborados de organização, de plataformas organizacionais, mas, como é a conjuntura e a naturalidade que devem definir a organização numa sociedade anarquista, elas são consideradas inferências, projetos divergentes, porém, todos unificados pelo conceito uno do federalismo libertário. Em outras palavras, o federalismo libertário é tido enquanto o germe de qualquer organização anarquista.

Responsabilidade: individual e coletiva

Na sociedade anarquista, a questão da responsabilidade é persecutória em qualquer pensamento acerca das relações entre os seus integrantes. Didaticamente, ela é dividida entre responsabilidade individual e responsabilidade coletiva – ambas totalmente coesas na prática.

Pela primeira, compreende-se a consciência individual encarnada em qualquer ação empreendida pelo indivíduo, de forma pessoal, subjetiva – embora com vistas ao benefício do coletivo. Assim, o anarquista possui seus deveres e obrigações em relação a toda a sociedade, agindo sempre de forma a progredi-la por completo.

Pela segunda, é convencionada a consciência coletiva emergente a partir de qualquer ação exercida por determinada seção operacional – grupo, associação, federação, etc. Uma determinada seção é responsável – em sua integridade – pelas suas ações desenvolvidas, estando suscetível aos seus resultados e, conseqüentemente, às possíveis reformulações ou reorientações.

Questões freqüentes aos anarquistas

A instrumentalização da violência

Poucos anarquistas defendem a violência contra indivíduos. Durante o fim do século XIX e início do século XX, o anarquismo era conhecido como uma ideologia que pregava osassassinatos e explosões, devido a ação de pessoas como o russo Nechaiev, o francês Ravachol e à influência dos meios de comunicação social da época. A maioria dos anarquistas acredita que a violência contra indivíduos é inútil, já que mantém intactas as relações sociais de exploração e as instituições que a mantêm. Entretanto, os anarquistas acreditam que o recurso à violência é inevitável como legítima defesa à violência do Estado ou de instituições coercivas. Anarquistas como Errico Malatesta e Emma Goldman publicaram célebres debatescondenando o individualismo-terrorista de alguns anarquistas. Ambos autores consideraram a ação desses indivíduos inútil e mesmo daninha à causa anarquista, e que seus atos eram reações de desespero em face às injustiças sociais.

Entretanto, é inegável que foram praticados assassinatos políticos inspirados por anarquistas. Por exemplo, Leon F. Czolgosz confessou ter decidido assassinar o presidente William McKinley após assistir a uma palestra proferida por Emma Goldman. Estadistas como Humberto I da ItáliaElisabeth da Áustria e Marie François Sadi Carnot, presidente da França, foram assassinados por anarquistas italianos. Tudo isto aconteceu durante os últimos anos do século XIX e a primeira década do século XX. Outros atentados, como contra Alexandre III da Rússia e Carlos I de Portugal, foram erroneamente atribuídos a anarquistas, por generalização.

Existiram, no entanto, outros anarquistas, como Leon Tolstoi, que acreditavam que o caminho da anarquia era a não-violência.

Anomia

A idéia popular de anarquismo como absoluto caos e desordem, que os estudiosos chamam de anomia (ausência de normas) é rejeitada por todos os anarquistas tradicionais citados acima. Os anarquistas concebem os governos como as atuais fontes de desordens defendendo, portanto, que a sociedade estaria melhor ordenada sem a sua existência.

Esta convenção tem fortes conotações e historicamente tem sido usada como uma deficiência por grupos políticos contra seus oponentes, mais notavelmente os monarquistas contra osrepublicanos nos últimos séculos. Entretanto, a anomia tem sido abraçada por movimentos de contracultura.

Religião e espiritualidade

        

Cartum anarquista publicado em 1916 no jornal “A Lanterna”

O movimento anarquista não advoga em favor do ateísmo ou agnosticismo, mas em muitas ocasiões sua luta antiautoritária se estendeu ao anti-clericalismo. O problema, portanto, está na consolidação em forma institucional da  religiosa, tornando-se um instrumento de exploração dos homens.

Desta forma, o que os anarquistas negam é a instituição “Igreja” em todas as suas formas, e não a Igreja enquanto templo de fé, pelos seguintes fatores:

– A sua conivência, conciliação e apoio à dominação capitalista – em especial, pela defesa da propriedade privada;

– Pela sua estrutura completamente vertical, a qual segrega o corpo religioso e toda a humanidade de forma a selecionar os beneficiados e os dignos dos poderes espirituais;

– Pelas intervenções em campos não espirituais, criando, por meio da doutrina fundamentalista, uma série de empecilhos ao desenvolvimento social e humano como um todo;

– Pelo processo de alienação do ser humano em relação à sua realidade, fazendo o indivíduo, muitas vezes, delegar a entes imaginários, espirituais, as transformações humanas que, na verdade, cabem a ele mesmo ajudar a promover.

Por fim, os anarquistas acreditam que o que cada um pensa ou crê, não importa ao próximo, desde que a Liberdade e todos os demais princípios anarquistas não sejam ofuscados de forma alguma.

Tecnologia

A tecnologia, em sua pureza, não é tratada como um mal em potencial pelos libertários – com exceção da corrente anarco-primitivista. Ela é ferrenhamente combatida em seus moldes capitalistas, já que, sob eles, não possui nenhuma, ou quase nenhuma, função humana ou social e, ademais, na maioria das vezes, chega a corromper drasticamente esses campos – como é o caso das guerras, da excessiva automação industrial, das políticas tecnocráticas, etc.

Em suma, a tecnologia é tida enquanto mais um instrumento de potencialidades humanas, podendo ter uma expressiva funcionalidade libertária – como nos campos da medicina, das comunicações, dos transportes, da segurança e desenvolvimento produtivo do trabalho, etc.

Porém, a corrente de pensamentos anarco-primitivista defende a aversão a qualquer forma de desenvolvimento tecnológico, advogando o retorno das condições pré-civilizatórias para um efetivo desenvolvimento humano.

Histórico dos movimentos anarquistas

O anarquismo desempenhou papéis significativos nos grandes conflitos da primeira metade do século XX. Durante a Revolução Russa de 1917Nestor Makhno tenta implantar o anarquismo na Ucrânia, com apoio de várias comunidades camponesas, mas que acabam derrotadas pelo Estado bolchevique de Lênin.

Ver artigo principal: Revolução Ucraniana

Quinze anos depois, anarquistas organizados em torno de uma confederação anarco-sindicalista impedem que um golpe militar fascista seja bem sucedido na Catalunha (Espanha), e são os primeiros a organizar milícias para impedir o avanço destes na consequente Guerra Civil Espanhola. Durante o curso dessa guerra civil, os anarquistas controlaram um grande território que compreendia a Catalunha e Aragão, onde se incluía a região mais industrializada de Espanha, sendo que a maior parte da economia passou a ser autogestionada (autogerida).

Ver artigo principal: Revolução Espanhola

Após a Segunda Guerra Mundial, o movimento anarquista deixou de ser um movimento de massas, e perdeu a influência que tinha no movimento operário dos vários países europeus. Entretanto, continuaria a influenciar revoltas populares que se seguiram na segunda metade do século XX, como o Maio de 68 na França, o movimento anti-Poll tax no Reino Unido e os protestos contra a reunião da OMC em Seattle, nos Estados Unidos.

Anarquismo no Brasil

Talvez uma das primeiras experiências anarquistas do mundo, antes mesmo de ter sido criado o termo, tenha ocorrido nas margens da Baía de Babitonga, perto da cidade histórica deSão Francisco do Sul. Em 1842 o Dr. Benoit Jules Mure, inspirado na teorias de Fourier, instala o Falanstério do Saí ou Colônia Industrial do Saí, reunindo os colonos vindos de Françano Rio de Janeiro em 1841. Houve dissidências e um grupo dissidente, à frente do qual estava Michel Derrion, constituiu outra colônia a algumas léguas do Saí, num lugar chamado Palmital: a Colônia do Palmital.

Mure conseguiu apoio do Coronel Oliveira Camacho e do presidente da Província de Santa CatarinaAntero Ferreira de Brito. Este apoio foi-lhe fundamental para posteriormente conseguir a ajuda financeira do Governo Imperial do Brasil para seu projeto.

O anarquismo no Brasil ganhou força com a grande imigração de trabalhadores europeus entre fins do século XIX e início do século XX. Em 1889 Giovani Rossi tentou fundar em Palmeira, no interior do Paraná, uma comunidade baseada no trabalho, na vida e na negação do reconhecimento civil e religioso do matrimônio, (o que não significa, necessariamente, “amor livre“), denominada Colônia Cecília. A experiência teve curta duração.

No início do século XX, o anarquismo e o anarco-sindicalismo eram tendências majoritárias entre o operariado, culminando com as grandes greves operárias de 1917, em São Paulo, e19181919, no Rio de Janeiro. Durante o mesmo período, escolas modernas foram abertas em várias cidades brasileiras, muitas delas a partir da iniciativa de agremiações operárias de inclinação anarquista.

Alguns acreditam que a decadência do movimento anarquista se deveu ao fortalecimento das correntes do socialismo autoritário, ou estatal, i.e., marxista-leninista, com a criação doPartido Comunista Brasileiro (PCB) em 1922 participada inclusivamente, por ex-integrantes do movimento anarquista que, influenciados pelo sucesso da revolução Russa, decidem fundar um partido segundo os moldes do partido bolchevique russo.

Porém, esta posição, sustentada por muitos historiadores, vem sendo contestada desde a década de 1970 por Edgar Rodrigues (anarquista português naturalizado no Brasil, pesquisador autodidata da história do movimento anarquista no Brasil e em Portugal), e pelos recentes estudos de Alexandre Samis que indicam que a influência anarquista no movimento operário cresceu mais durante este período do que no já fundado (PCB) e só a repressão do governo de Artur Bernardes, viria diminuir a influência das idéias anarquistas no seio do movimento grevista. Artur Bernardes foi responsável por campos de concentração e centros de tortura, nos quais morreram inúmeros libertários, sendo que o pior de tais campos foi o de Clevelândia, localizado no Oiapoque. Edgar Rodrigues apresenta em várias de suas obras as investidas de membros do PCB que, procurando transformar os sindicatos livres em sindicatos partidários e conquistar devotos às idéias leninistas, polemizavam em sindicatos e jornais, chegando a realizar atentados contra anarquistas que se destacavam no movimento operário brasileiro, durante a década de 1920.

Provavelmente devido aos problemas de comunicação resultantes da tecnologia da época, os anarquistas só terão compreendido a revolução russa de forma mais clara, a partir das notícias de célebres anarquistas, como a estadunidense Emma Goldman, que denunciara as atrocidades cometidas na Rússia em nome da ditadura do proletariado. Seria a partir deste momento histórico que se definiria a posição tática do anarquismo perante os socialistas autoritários no Brasil, separando a confusão ideológica que reinava em torno da revolução russa, identificada pelos anarquistas inicialmente como uma revolução libertária. Esta ideia seria depois desmistificada pelos anarquistas, que acreditam no socialismo sem ditadura, defendendo a liberdade e a abolição do Estado.

Para Rômulo Angélico, foi durante o governo de Getúlio Vargas que o anarco-sindicalismo recebeu seu golpe de morte, devido ao surgimento dos sindicatos controlados pelo Estado e as novas perseguições estatais. Até a primeira metade da década de 1930, no entanto, o anarquismo permaneceu a ideologia mais influente entre os operários brasileiros.

Durante o Regime Militar (1964-1985), as principais expressões anarquistas no Brasil foram o Centro de Estudos Professor José Oiticica, no Rio de Janeiro, o Centro de Cultura Social de São Paulo e o Jornal O Protesto no Rio Grande do Sul. Todos foram fechados no final da década de 1960, mas seus militantes continuaram se encontrando clandestinamente, publicando livros e se correspondendo com libertários de outros países. na década de 1970 surge na Bahia o jornal O Inimigo do Rei, impulsionando a formação de novos grupos anarquistas, atráves das editorias autogestionárias, em várias partes do Brasil. No Rio Grande do Sul, nos anos oitenta, cria-se na cidade de Caxias do Sul, o Centro de Estudos em Pesquisa Social – CEPS, voltado para o trabalho social. No ano de 1986, na cidade de Florianópolis, é realizada a Primeira Jornada Libertaria com o lançamento das bases para a reorganização da Confederação Operária Brasileira – COB/AIT e a organização dos anarquistas.

O anarquismo, mesmo com a repressão, renasce, em meio aos estudantes, intelectuais e trabalhadores.

Pode ser encontrado na internet um livro de Edgard Leuenroth “Anarquismo roteiro da libertação social” publicado na década de 60 pela editora mundo livre feita pelo CEPJO.

Anarquismo em Portugal

No final do século XIX dá-se o desenvolvimento de grupos anarquistas, que contribuíram para o derrube da monarquia em 1910. Com a Primeira República dá-se uma grande expansão e é fundada em 1919 a Confederação Geral do Trabalho, de tendência sindicalista revolucionária e anarco-sindicalista.

Consequentemente, com a instauração da Ditadura Militar em 1926, e com a ditadura de Salazar que se lhe seguiu, proíbe-se a actividade dos grupos anarquistas. Em 1933 a censura prévia é legalmente instituída. Os vários jornais anarquistas, incluindo “A batalha”, passam a ser clandestinos e a ser alvos de perseguições. Em 1938 dá-se o atentado no qual se tentou assassinar Salazar.[carece de fontes]

Com o 25 de Abril de 1974 há um novo ressurgimento do movimento libertário, embora com uma expressão reduzida.

Anarquistas mais conhecidos

Ver artigo principal: Lista de anarquistas
        

Noam Chomsky (1928–)

Internacionalmente conhecidos

Anarquistas brasileiros

Ver artigo principal: Lista de anarquistas brasileiros

Anarquistas portugueses

Ver artigo principal: Lista de anarquistas portugueses

Ver também

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Referências

  1.  AnarchyMerriam-Webster online.
  2.  Liddell, Henry George, & Scott, Robert, “A Greek-English Lexicon[1]
  3.  Liddell, Henry George, & Scott, Robert, “A Greek-English Lexicon”[2]
  4.  *Errico Malatesta, “Towards Anarchism“, MAN!. Los Angeles: International Group of San Francisco. (OCLC 3930443) .
  5.  Bakunin, M (1876). Deus e o Estado: Cap. II
  6.  WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas. Rio Grande do Sul: L & PM Editores Ltda, 1981. 54p.)

Ligações externas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Animus: força masculina na mulher. Anima: força feminina no homem, possuindo todas as qualidades, características de um ser feminino, “tão poderosa, origina-se do arquétipo coletivo (…) que se encarna de novo em cada criança do sexo masculino”, como descreveu Carl Jung, em Aion. Nos sonhos de um homem, por exemplo, a anima surge como uma mulher desconhecida. A relação do sonhador com essa figura feminina indica como está o relacionamento do sonhador com o seu oposto complementar.

Ver Também

From Wikipedia, the free encyclopedia 

The MIT Center for Collective Intelligence[1] (CCI) is a research center at the Massachusetts Institute of Technology, headed by Professor Thomas W. Malone that focuses on the study of collective intelligence.

The Center for Collective Intelligence brings together faculty from across MIT to conduct research on how new communications technologies are changing they way people work together. It involves people form many diverse organizations across MIT including; the MIT Media Lab, theMIT Computer Science and Artificial Intelligence Laboratory, the Department of Brain and Cognitive Sciences, and the MIT Sloan School of Management.

History and mission

CCI was founded in 2006 by professor Thomas W. Malone. To a great extent, this is a continuation of the research Malone and his colleagues have conducted at the Center for Coordination Science[2], as well as within initiatives such as “Inventing the Organizations of the 21st Century”.

The center’s mission is to find novel answers to one basic research motif: “How can people and computers be connected so that—collectively—they act more intelligently than any individuals, groups, or computers have ever done before?'”

In order to answer this question, the researchers conduct three types of research:

  1. Collecting examples and case studies of collective intelligence applications.
  2. Creating new examples and tools that harness the collective intelligence of people
  3. systematic studies and experiments

Finally, they also work on developing theories to explain the phenomena of collective-intelligence.

The center is sponsored by several corporates and non-profit organizations[3].

Check the wikipedia item for collective intelligence. 

Check MIT Collective Intelligence Website.

See also